O senador Paulo Paim (PT) foi um dos participantes do debate sobre “Os Efeitos da Reforma da Previdência na Vida das Mulheres”, realizado no início da noite da sexta-feira (3/3), na Câmara Municipal de Vereadores de São Leopoldo. O debate é uma das atividades que integram a programação do Mês da Mulher no município. Os vereadores de São Leopoldo entregaram ao senador Paulo Paim uma moção de repúdio à reforma da previdência. “Esta é uma luta suprapartidária, intersindical e vai decidir o futuro dos nossos filhos e netos. É uma proposta covarde e se aprovada, será um ato criminoso contra os brasileiros”. Paim ressaltou que no dia 8 de março as mulheres vão às ruas em todo o mundo e no Brasil o protesto também será contra a reforma da previdência.
Paulo Paim afirmou que a reforma da previdência representa um grande retrocesso para o povo brasileiro. "Vamos desencadear uma série de ações unificadas em todo o Brasil, para denunciar o caráter da proposta do governo e pressionar a bancada federal do Rio Grande do Sul a rejeitar o projeto. Estamos diante de uma forte ameaça aos direitos dos trabalhadores, que transcende o patamar das disputas partidárias", afirmou o senador.
RETROCESSO É CONSEQUÊNCIA DO GOLPE
Em relação ao momento político do país, o senador Paim avalia que o cenário de retrocesso é resultado do golpe que retirou a presidenta Dilma Rousseff da presidência do Brasil. “Não há dúvida que tivemos um golpe. E este golpe não foi apenas contra a Dilma. Foi um golpe contra todo o povo brasileiro. Eles sabiam que se a Dilma estivesse lá, não conseguiriam fazer tudo que estão fazendo, como as questões relacionadas ao petróleo, ao pré-sal, às terras dos índios e tantas outras”, argumentou. Para o senador, existem muitos interesses por trás da proposta da reforma da previdência. “Eles querem quebrar a previdência para que aqueles trabalhadores com mais recursos passem a contribuir com os planos privados”.
PRESSÃO AOS PARLAMENTARES
Já o deputado federal Marcon disse que é preciso fazer pressão junto aos deputados, mostrando claramente a posição de cada um.“Essa é uma luta que não tem sigla partidária, não tem religião, porque estamos diante de uma luta de classe. Os pobres serão extremamente prejudicados.
Além do senador Paim e do deputado federal Dionilso Marcon, participaram do evento a vice-prefeita Paulete Souto, e a secretária de Mulheres, Joseli Troian, além dos vereadores Ana Affonso e Dudu Moraes, do PT, Iara Cardoso, do PDT; e David Pederssetti, do PP. Diversas lideranças socias, sindicalistas, estudantes e secretários municipais participaram do evento. A Atividade foi organizada pela Bancada do PT na Câmara Municipal e pelo Comitê Sindical e Popular Contra a Reforma da Previdência, Região do Vale dos Sinos.
