PL que institui Dia Municipal do Tamboreiro é tema de Audiência Pública na Câmara de São Leopoldo

PL que institui Dia Municipal do Tamboreiro é tema de Audiência Pública na Câmara de São Leopoldo

A‌ ‌Câmara‌ ‌Municipal‌ ‌de‌ ‌São‌ ‌Leopoldo‌ debateu em Audiência‌ ‌Pública‌ ‌nesta‌ ‌quarta-feira,‌ ‌dia 08,‌ a‌ ‌construção‌ ‌de‌ ‌um‌ ‌Projeto‌ ‌de‌ ‌Lei‌ ‌para‌ ‌instituir‌ ‌o‌ ‌Dia‌ ‌do‌ ‌Tamboreiro‌ ‌no‌ ‌calendário‌ ‌oficial‌ ‌do‌ ‌município.‌ ‌A‌ ‌reunião,‌ ‌promovida‌ ‌pelo‌ ‌vereador‌ ‌Tiago‌ ‌Silveira‌ ‌(PT)‌, demonstrou a importância de resgatar a história dos negros e valorizar o papel exercido pelo tambor dentro das Casas de Matriz Africana.

Para isso, a conversa teve a participação do representante da Secretaria de Cultura e Relações Internacionais, Carlos Eduardo (Mestre Du), da secretária de Direitos Humanos, Paulete Souto, da Chefe do Departamento de Igualdade Racial da Sedhu, Adriangela Cabral, do presidente do Conselho Municipal de Povos Tradicionais de Matriz Africana (COMPOTMA), pai Dejair de Ogum, além de tamboreiros da Região Metropolitana.

De acordo com o proponente do evento, é preciso reconhecer o papel que os tambores exerciam nas civilizações ancestrais. “Inicialmente, os tambores eram utilizados como meio de comunicação entre os povos no Continente Africano, assim como, em rituais religiosos nas religiões tradicionais africanas, assumindo uma ligação sagrada com as divindades”, comenta Tiago. O vereador ressaltou ainda que a intenção de instituir o Dia do Tamboreiro na cidade visa valorizar e reconhecer esta cultura.

“Queremos contribuir com o resgate histórico do povo negro leopoldense, estes que chegaram aqui em 1788, há exatos 233 anos, transformando a tristeza em alegria com este instrumento”, destaca. Conforme o Projeto de Lei, o Dia Municipal do Tamboreiro será comemorado anualmente em 29 de setembro, assim que aprovado pelos vereadores da Casa e sancionado pelo Executivo.

O presidente da COMPOTMA, Pai Dejair, disse que o tambor é de grande importância para os povos de Matriz Africana. “A batida do tambor é sagrada para nós e ela encanta dentro das nossas casas de religião, desde a iniciação, da feitura, do batismo, do casamento, da festa. Nós enterramos nossos mortos e celebramos nossa ancestralidade através do som do tambor”, pontua.

Ainda não há previsão de quando o Projeto será votado no Legislativo. Para conferir os relatos completos da Audiência Pública é só acessar os canais oficiais da Câmara no Youtube e no Facebook. 

Texto: Patrícia Wisnieski - Estagiária de Jornalismo/CMSL
Supervisão: Eduarda Rocha – Jornalista/CMSL
Fotos: Eduarda Rocha/CMSL