Todo autista tem direito à gratuidade do transporte público, mas desde o último mês, quem possui diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) também tem garantido por lei o assento preferencial dentro dos coletivos de São Leopoldo, no Vale do Sinos.
No começo desta semana, todas as quatro empresas pertencentes ao Consórcio Operacional São Leopoldo (Coleo) passaram a instalar em todas as linhas que circulam na cidade um adesivo com a identificação de prioridade a quem tem autismo.
A mudança veio após entrar em vigor a lei municipal 9543A de autoria do vereador Falcão (MDB). "Garantir que o autista possa ter um assento preferencial é uma forma clara de reconhecer a sua necessidade especial", frisa o autor lei, vereador Falcão.
Os novos adesivos dos ônibus seguem o padrão ABNT e agora passam a incluir a imagem de uma fita com quebra-cabeça colorido, símbolo mundialmente reconhecido a quem tem TEA. Seguem mantidas a identificação de assento preferencial a obesos, pessoas com bebês, crianças de colo, gestantes, idosos e pessoas com deficiência e está afixado próximo aos assentos.
Segundo a gerente administrativa do Coleo, Daiane Vieira, os profissionais que atuam no transporte coletivo já estão recebendo orientações sobre a ampliação da prioridade.
A mesma lei também amplia o leque de estabelecimentos públicos e privados que precisam divulgar a simbologia no atendimento prioritário e inclui ainda nas placas de estacionamento preferencial.
Atualmente, existe uma estimativa baseada em estudos, segundo o presidente da Ama-SL, João Mandeli, de que haja em São Leopoldo cerca de 3 a 4 mil autistas. Cerca de 800 deles estão matriculados na rede de ensino municipal. O volume correto ainda é impreciso, uma vez que outra lei recente, a 9584A, que cria o censo municipal do autismo ainda precisa ser colocada em prática pelo Poder Executivo Municipal.
