A Câmara Municipal de São Leopoldo, através da presidenta Ana Affonso (PT), promove na quinta-feira, 21, uma Audiência Pública para debater alternativas para a promoção da saúde menstrual no município. A partir das 10h, o debate vai reunir autoridades locais, vereadores e instituições representantes da pauta no Plenário da Casa.
Com transmissão ao vivo pelos canais oficiais da Câmara, no YouTube e no Facebook, a conversa acontece de forma híbrida, tendo ainda a participação das secretarias municipais da Saúde (Semsad), de Educação (Smed), de Políticas para Mulheres (Sepom) e de Desenvolvimento Social (Sds), que estão envolvidas diretamente na construção e efetivação desta política pública. Também vai participar do evento a proponente do projeto na Câmara Federal, deputada Marília Arraes (PT).
O objetivo do evento é discutir iniciativas permanentes que promovam a saúde menstrual e, consequentemente, a redução da pobreza menstrual no município. “O combate ao problema já vem sendo tratado no nosso Legislativo há um tempo, mas há muitas limitações quando um PL necessita de orçamento adicional. Por isso, estamos propondo um debate amplo para construir uma política coletiva que seja de fato efetiva e aplicável, atendendo todas as meninas e mulheres em situação vulnerável da cidade”, destaca Ana Affonso.
A vereadora ressalta ainda que a conversa vai além das possibilidades para a distribuição de absorventes íntimos. “Queremos desenvolver uma política mais ampla para a área, que possa instituir a orientação das meninas sobre a dignidade menstrual durante o ensino fundamental, quando muitas delas vivenciam a primeira menstruação. Além disso, queremos tratar o assunto em espaços de atendimento da rede de assistência social, para atender também as mulheres mais precarizadas, como as moradoras de rua”, explica.
De acordo com Ana, ainda há muito debate e articulação pela frente para a efetivação de uma política pública sobre o tema no município. “Vamos discutir alternativas em conjunto, pegando ideias de todas as pessoas envolvidas, tanto do poder público quanto da sociedade civil, para que finalmente este projeto possa sair do papel. É uma política urgente e necessária, então, justamente por isso, é indispensável a participação da população na Audiência Pública”, conclui.
Texto: Patrícia Wisnieski - Estagiária de Jornalismo/CMSL
Supervisão: Eduarda Rocha/CMSL