Iara Cardoso destaca importância da educação e da política no combate a violência

Iara Cardoso destaca importância da educação e da política no combate a violência

Em sua primeira live que teve como tema a violência contra a mulher, em tempos de pandemia a vereadora Iara Cardoso (PDT), destacou a importância da educação e da política. A convidada do encontro ocorrido na quinta-feira (09) foi a diretora do Departamento de Políticas para as Mulheres do Rio Grande do Sul, Bianca Feijó. Em uma conversa franca e com a participação de um grande público disposto a tirar dúvidas e dar sugestões a vereadora elencou seus trabalhos voltado ao público feminino.
Com um mandato e vida profissional, dedicado ao compromisso na garantia de direitos das mulheres e pela igualdade de gênero, Iara Cardoso reforçou a importância dos espaços de apoio e rede de atendimento. Ela lembrou ainda de conquistas: como a promulgação da lei que criou o Conselho Municipal da Mulher - COMDIM; protagonista da instalação do 1º. Posto Especializado em Atendimento à Mulher Vítima de Violência – agora transformado em Delegacia – DEAM
A vereadora tem sua trajetória pública marcada pela defesa dos direitos da mulher, no combate à violência doméstica; violência obstétrica; assédio moral e sexual; sexismo; igualdade de direitos e salários no âmbito profissional; e maternidade. Ela é autora do Projeto de Lei que criou a Procuradoria Especializada da Mulher, junto ao Poder Legislativo; autora da Lei do Apito – de combate ao assédio sexual no transporte público e também da Lei que determina que os postos de saúde, hospitais, UBS, encaminhem imediatamente à autoridade policial, prontuário de atendimento de mulheres vítimas de violência.
De acordo com estatísticas o isolamento social, causado pela pandemia do corona vírus, agravou o cenário de violência doméstica que já era muito preocupante. ‘‘Este convívio por mais tempo, quase que de forma integral da mulher com seu agressor, somado a questões de ordem econômica, alcoolismo... são fatores que aumentam o risco’’, avalia Bianca Feijó. Nesse cenário as debatedoras defenderam a importância e a necessidade do abrigamento naqueles casos em que a mulher está sofrendo grave ameaça ou risco iminente de morte.
Iara Cardoso, defende que através da educação e pela política, as realidades poderão ser transformadas. ‘‘Isso é um ponto que as mulheres têm que se atentar. Inclusive eleger mulheres comprometidas com as causas específicas da mulher, como a maternidade, emprego e renda, igualdade de tratamento entre os gêneros. Igualdade de oportunidades. Por isso, para que as mulheres sejam representadas em seus anseios, é muito importante a mulher na política!’’, defende.
A vereadora destaca ainda que a política é um substantivo feminino, mas o poder é um substantivo masculino. ‘‘Hoje, a atual constituição das agremiações e para conservar o status quo, os políticos preferem eleger os homens! Muito embora termos a lei das cotas, que exige 30% para mulheres nas chapas proporcionais, a representação feminina nos parlamentos na média, é de 10%. E há mais de 50 anos esta é a realidade e o Brasil é um dos países que estão ranckiando nesta disparidade, perdendo inclusive, para os países muçulmanos’’, enfatiza.