Um ato a partir das 8h30 desta quinta-feira (24), na Praça Tiradentes marca a passagem dos 63 anos da morte do ex-presidente Getúlio Vargas. A direção executiva do partido convidada a militância para a atividade que será marcada com a colocação de rosas junto ao busto do estadista. O presidente municipal, Ary Moura destaca a importância desse ato em homenagem ao chamado pai dos pobres. ‘‘Em tempos difíceis que passamos, até mesmo com redução de salários de aposentados, nada mais justo lembrar daquele que é responsável por boa parte das leis trabalhistas’’, declara
HISTÓRIA
Getúlio Vargas cometeu suicídio na manhã de 24 de agosto, porém o horário do fato é bastante divergente e teria ocorrido entre 8 horas e 8h45, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. A Folha de São Paulo, em 16 de agosto de 1993, publicou declarações do coronel da Aeronáutica Hernani Hilário Fittipaldi, que era o ajudante-de-ordens do presidente em 1954. São retirados desse importante artigo os seguintes trechos, sobre fatos que antecederam imediatamente a morte de Getúlio.
Na madrugada de terça-feira, dia 24 de agosto, logo após o término da reunião ministerial, Fittipaldi, então major, tomou o elevador com Vargas. Subiram até o terceiro andar. Não havia ninguém por perto quando os dois entraram no quarto do presidente. A porta permaneceu aberta. Com as mãos nas costas, Getúlio andava de um lado para o outro, silencioso. Sem saber como agir, o ajudante-de-ordens decidiu acompanhar os passos de Vargas.
Vargas, de pijama, deixou o quarto, passou pelo major e entrou no gabinete de trabalho. Saiu com as mãos dentro dos bolsos, sorriu para Fittipaldi e fechou novamente a porta do quarto. O elevador chegou. No térreo, o major ouviu um tiro. Voltou correndo. A mulher de Vargas, Darcy, que dormia em outro aposento, olhava o presidente. A perna esquerda de Getúlio pendia fora da cama. Na mão direita, a arma - um Colt, calibre 32. A mão esquerda repousava sobre o peito.