Homenagem a João Carlos Haas lotou o plenário da Câmara em  Sessão Solene promovida pelo vereador Dudu Moraes

Homenagem a João Carlos Haas lotou o plenário da Câmara em  Sessão Solene promovida pelo vereador Dudu Moraes

A Sessão Solene em comemoração ao Dia do Estudante, realizada na noite da sexta-feira, dia 11 de agosto, na Câmara Municipal de São Leopoldo, homenageou o médico João Carlos Haas, militante que lutou contra a ditadura militar e desapareceu na Guerrilha do Araguaia, nos anos 1970.

Além de emocionar o público que lotou o plenário da Câmara, a iniciativa do vereador Dudu Moraes (PT) reuniu professores, estudantes e diversas lideranças dos movimentos sociais, estudantil e da juventude. A homenagem contou com a presença de Sonia Haas, irmã do Dr. Juca, como era carinhosamente chamado por amigos e familiares. O médico leopoldense foi estudante da UFRGS e um dos líderes estudantis vítimas da crueldade do regime militar.

Dudu Moraes ressaltou a importância do movimento estudantil e da participação da juventude na política do país. “Estou emocionado porque aqui estão pessoas do meu bairro, amigos, colegas de partido, familiares, estou orgulhoso de prestar esta homenagem ao João Carlos Haas, um jovem idealista e que lutou contra o regime militar e para devolver a democracia ao Brasil e se hoje nós podemos votar novamente, devemos muito aos que lutaram contra a ditadura.  Espero que o depoimento da Sonia sirva para esclarecer as pessoas sobre a importância de elegermos pessoas comprometidas com as transformações do país, que lute pelos mais pobres e pelos que mais necessitam”, afirmou o vereador.

Sônia Haas detalhou a atuação política do irmão, que foi preso e  perseguido pelos órgãos de repressão. Ela também detalhou o trabalho da família, o sentimento em relação ao seu desaparecimento, a tentativa de remontar a sua atuação na guerrilha do Araguaia, a sua morte e a busca pelo seu corpo, até hoje não localizado.

“Assim como o João Carlos, mais de 400 pessoas morreram por discordar do regime militar. Ao contrário do que parte da mídia faz ao distorcer a imagem das lideranças políticas da época, como se fossem loucos e inconseqüentes, como aparece em alguns filmes, documentários e depoimentos, os guerreiros eram pessoas com formação, pessoas especiais, de alma limpa e coração valente.  Eles se uniram em busca de justiça social e de mudanças, reagiram e foram mortos. Eles perderam suas vidas, mas foram muito importantes para a democracia brasileira”, salientou Sonia.

 

 

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