São Leopoldo Oficializa Colar de Girassol para Identificação de Pessoas com Deficiências Ocultas

São Leopoldo Oficializa Colar de Girassol para Identificação de Pessoas com Deficiências Ocultas

Na tarde de quarta-feira, dia 22, São Leopoldo avançou significativamente com a sanção da Lei que institui o Colar de Girassol, que vai permitir a identificação de pessoas com deficiências ocultas. O evento, realizado no gabinete do prefeito Ary Vanazzi, contou com a participação da vereadora Ana Affonso (PT), idealizadora do projeto, e representantes de entidades locais que atendem pessoas com deficiência.

Aprovada em outubro deste ano pelo legislativo municipal, a proposta de Ana Affonso tem o objetivo de oferecer uma identificação discreta para pessoas com deficiências não visíveis externamente, como fibromialgia, esclerose múltipla, TDAH, e Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Durante sua explanação, Ana destacou a motivação por trás da proposta, ressaltando a importância de um olhar mais empático para pessoas com deficiências. "Muda o nosso olhar para as políticas públicas quando pensamos neste recorte de pessoas com algum tipo de deficiência. Esta legislação terá um efeito territorial, respaldada por um símbolo internacional e que já é lei no Brasil", enfatizou.

 

Eva Bueno, representante da Associação de Pais e Amigos de Autistas do Vale do Sinos, expressou a importância da legislação para indivíduos como seu filho, de 29 anos, que possui autismo e síndrome de Down. "Esta lei vem ao encontro das necessidades de quem tem deficiências e sofre no dia a dia com situações constrangedoras. Vai facilitar bastante a convivência e a socialização de quem tem algum tipo de deficiência, obrigada por este projeto", agradeceu.

O colar de girassol, a ser distribuído pela Secretaria de Direitos Humanos, emerge como símbolo de uma cidade preocupada em zelar por toda a sua diversidade. A secretária Nadir Jesus destacou que a legislação representa mais um passo em direção a uma São Leopoldo inclusiva. "Temos orgulho em fazer parte da construção desta política que dará visibilidade e respeito a todas estas pessoas. Nossa secretaria está aberta a toda e qualquer discussão que construa uma cidade mais inclusiva", afirmou.

Para viabilizar a distribuição gratuita do colar, a parlamentar também aprovou no Legislativo uma proposta de emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias, permitindo a utilização de recursos ligados à Sedhu. "Agora, na Lei Orçamentária, estaremos comprometidos em garantir recursos específicos para este investimento", destacou a vereadora.

O prefeito Ary Vanazzi expressou agradecimento à parlamentar e enfatizou o compromisso de sua gestão em governar com sensibilidade às diferenças, buscando ampliar espaços e tornar São Leopoldo cada vez mais inclusiva. "A partir deste projeto que agora torna-se lei, será possível cadastrar estas pessoas, construir uma relação de diálogo e fazer um mapeamento para ouvir as necessidades destas pessoas na gestão pública. Muitas vezes a gente ainda carece de ouvir mais para conseguir avançar nestas políticas, mas estamos buscando uma cidade que acolhe e respeita a diversidade de seus cidadãos e cidadãs".

Também esteve presente a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdedica) e da Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Mobilidade Reduzida e das Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (Comudepe), Maristel Brasil; a coordenadora do Centro Municipal de Educação Inclusiva Paulo Freire (Cemei), Luciane Heinski.

Fotos e Texto: Eduarda Rocha/Assessoria de Comunicação Bancada PT/São leopoldo